Vou pela Rua Vinícius de Moraes Enquanto amendoeiras dispensam Folhas mortas Como se fossem papéis Escritos com sangue e alegria Papéis manchados de vida E poesia Sou as canções que eu faço E as que farei Sou os amores que tenho E os que terei Pois o amor e as canções São o esperanto geral Que me protege das manhãs Do mal Ando sem medo da dor Ou da morte Nasce o dia Com suas trombetas tropicais Enquanto piso as folhas Das amendoeiras vermelhas Da Rua Vinícius de Moraes