Quero a poesia como companhia Artifícios não Quero trocar de pele Ficar mais leve Couro de cobra não Quero um antídoto que cure a tristeza Tarja preta não Quero olhar pra dentro E sentir a beleza que vem do coração Quero descer nas profundezas do mundo Tocar o fundo, pegar impulso e subir, ir, ir, ir Alto, bem alto Tão alto até chegar no céu Tocar as nuvens com o pé descalço Fazer amanhecer ao som do canto de um pássaro