Felipe Sandrin

Universo Desconhecido

Felipe Sandrin


Chegou novembro
Livre-se de todas cinzas
Perceba a vida é a arte da despedida

Vai dizer que não anda por aí
Esquecendo o som da própria voz
Sangrando calado o que teus olhos
Não podem mentir

Abra as janelas
Deixe que chovam as cinzas
Ainda há tempo
Para as palavras não ditas

Cada um carrega em si
Um universo desconhecido
Cada um traz si
O pó das era e o infinito

Noite adentro um piscar de olhos
Para o corpo se extinguir
O que resta a quem fica
Roupas, contas, livros não lidos

Cada um carrega em si
Um universo desconhecido
Cada um traz em si
O pó das era e o infinito