Felipe de Vas

Cinzas

Felipe de Vas


Em cada traço que se assemelhe ao teu
Escorrem lembranças do que brilhou e morreu
E que o tempo perdura em apagar
Os meus olhares que antes tentavam te achar
hoje cansados, disfarçam o desejo de olhar
Pra quem nunca desejei esquecer.

As cinzas insistem ainda em arder
E Minha razão parece ainda querer
Você aqui.

Eu me pergunto se devo me acostumar
Se procuro outras vidas ou tento me achar
Em teus passos outra vez
Mas mil promessas não apagam o que passou
E me restaria colar o que nunca fechou
E assim não espero estar

As cinzas insistem ainda em arder
E Minha razão parece ainda querer
Você aqui.

E se hoje eu luto é fruto pelo que passei
E o que eu tento esquecer, apenas não esquecerei
Pois o que seriamos nós, se não pudéssemos lembrar?
Que caímos ou engatinhamos para aprender a andar

Irás cair.. E tentar esquecer
E irá sofrer por simplesmente não conseguir.
Irás cair, eu sei. E tentar esquecer
E irás sofrer por simplesmente não conseguir.
É simples, mas não indolor.

As cinzas insistem ainda em arder
E Minha razão parece ainda te querer
Aqui.