Felipe de Vas

EsperÂncia

Felipe de Vas


Uma flor,
um poder insasiável quão devastador?
Almejo-te numa voz tão alta que só os anjos escutam e subentendem o calor
que é atravessar tal deserto meu
e desaguar em teu oceano
suando, pequenas sementes de idealizações
que sorrateiram pelo solo que piso
e inciso, me deparo com frutos
Verdes e avermelhados, xulos e ornamentados.
E me mantenho em um curto e sintético círculo.
Me alimentando daquilo que crio.
Até onde irei em minha subsistência?
Esperança é um belo prato, que o consumimos apenas na vontade de obtê-lo.