Olhos sombreados de mágoa, borbulhando a dor De não possuir mais o aconchegante futuro. Olhar amplo e cílios erguidos contemplando insatisfação, Satisfazendo a auto-defesa de um ego, mais comumente chamado coração. Sobrancelhas curvadas impondo falsa coragem De uma atitude utópica de reavivar Um beijo com consciência límpida, sem decepções. Mente e Lábios ressecados, áridos de esperança, de segurança, de tolerância, Cansado de suposições. Qual será minha certeza? meu suporte, meu espaço seguro, minha calmaria..? A dor da incerteza já consome a minha partilha, Esfalecido, amedrontado contemplo meu egoísmo na demasia. Viramos robôs de carne e osso cultivando o determinismo da razão Quando não batizamos nossa alma, com a ilógica de uma amada,complacente, pura sensação. Qual será minha certeza? meu suporte, meu espaço seguro, minha calmaria..? Onde se encontra,minha fonte altruísta, Instantâneo poder de ponderar a frustração dos dias? Não a enxergo mais. Não cultivo mais tal longínqua abstração. O oásis que deslumbrava era impalpável. Será minha defesa das ilusões, ser um hábil ilusionista? Um dia alcanço, um dia ainda te alcanço. A mais deslumbrante harmonia. Para mim, Desconhecida.