Não sei mais temer Sei teimar No desassossego Nos rios sei errar demais Lá pro fundo do olhar Lá na fenda Que há por detrás do fim Nessa pérola sei tocar Não sei atirar Sem morrer Sem me envenenar De quem já envenenei Me alugou pra sonhar Quero além do langor Me ligar assim Feito o tempo ao lugar que estou E me cortam punhais do amor Com seus mil desalinhos vãos Peregrino que sou Vou buscar a esfinge lunar Lupanar de martírios sem fim Ainda sim Mesmo assim Sinto o mundo brindar Uma taça que atiça meu fim