Mesmo que eu sinta as palavras Daquele delírio Daquele absinto Daquela memória esquecida Perdida no fluxo arrastado de estrelas Exatas Meu corpo é um ponto encorpado na Esquina Em meio às notícias de vidas sem corpo Mulas sem cabeça Sem vistas Que a beça se enforcam em revistas Inda que eu siga o rumo Dos cafés noturnos do centro Lá, onde os meninos São o centro de tudo São todos, no entanto Um tanto confusos Sozinhos, um bando Estão tontos, sozinhos Não posso seguir o destino do centro Do tempo que curva o caminho Do eu peregrino, em si um desatino Eis que decido num espanto Dar a meia volta Riscar a avenida, traçar a medida Do canto, do fausto Cravar no asfalto a revolta, a guerrilha E ao chegar em casa vou produzir versos Em largas escalas Romper com as escolas Viver nas imagens já desfiguradas Da minha figura