Velho bocal crioulo És passado e és presente E na mão de muita gente Das primeiras armas da guerra No ciclo que assim se encerra Como manda a tradição Quando brota a baba branca Já manso de lombo e anca Porque se fez redomão Velho bocal crioulo És tira Larga de tento Que do arrocino faz parte Pra o índio que é desta arte Lis digo quê é de grande soma Das etapas essenciais Que vem lá dos ancestrais Pra os homens que vende a doma Velho bocal crioulo De muito tempo és usado Dês daqueles queixo atado Dos guapos índios charrua Que de lanças e cordas cruas Defenderam ideais Sobre lombo de baguais Moldando a casco uma história Que ficaram na memória Dos campos de mananciais Velho bocal crioulo E quantos potros fizeste A o largo de tua existência E os mais velhos já diziam Aí que botar tenência Nos que tem queixo roxo E os que são de boca branca Se ata o tento ao mais frouxo Velho bocal crioulo A golpe foste sovado Com três voltas bem atado No mundo segues peleando E algum queixo calejando Tironeando teu destino Aonde quer que tu ande Fazendo destes teatinos Cavalo pra este rio grande