Eu vejo a guerra como um tempo de aprendizado Onde é preciso estar de pé diante o sofrimento Mesmo que o ferimento não esteja cicatrizado Mesmo que a mente tente se entregar ao desalento Hoje cê vê coragem, te digo foi o jeito Depois de tantas perdas, surge a necessidade De lutar pra continuar vivendo, usando a dor Como alimento pra minha força de vontade Tal como uma muralha, ruíram tantos sonhos Mas nossas vidas seguem castigadas pela guerra Eu olho pra meu povo, e não vejo sorriso Só sinto desespero a cada amigo que se enterra Vestimos uma farda, encaramos nossos medos Mas a cada luta tudo parece não ter sentido Quem são nossos inimigos? Quem são nossos aliados? Mistérios são escondidos e o povo que é punido Por que vivemos aqui presos como gados? Por que estamos rodeados de titãs? Por que o caos aqui dentro foi instaurado? Só sei que quero estar viva pela manhã E ver o mar ao escapar pra o exterior Vou enxergar no mundo uma nova cor Mas só vejo corpos por todos os lados A corrupção que vai se revelando E eu pronta pra jornada, levando minha espada Pra acabar com titãs que meu povo estão devorando O suor e sangue acompanham Cada corte feito pelas nossas navalhas Um passo em falso e tudo se acaba A morte é a grande sentença das falhas Dias sombrios que nunca se acabam Deixam marcas em nós que não vão se apagar No campo de batalha só há um final Sobreviver ou ser esmagado na terra Lutamos pra que um dia a paz seja real Mas a dor é o preço da guerra A dor é o preço da guerra A dor é o preço da guerra No campo de batalha só há um final Não importa o resultado, sentiremos dor Sabemos que não existe lado bom ou mal Não espere bom fim numa história de terror