Ela é mulher trabalhadeira Seu anjo é Maria da penha Ela luta ela cuida, não se deixa abalar Triste e solitária por tudo que tem vivido Se mata pelo filho e o que a mata é o marido Ela escuta, se ofende, uma violência frequente Por causa de um vestido é chamada de indecente E agora vou contar a história de um menino Ele não era piá, mas também não usava vestido Por sua indecisão nunca foi compreendido quando quis tentar se achar Foi recebido a tiros Esse é o caso de Matheuza Matheus se quiser chamar Independente de seu nome Nunca pôde se explicar Saiu numa bela noite pra poder passear E seu corpo foi queimado Ao não saber o que pregar Esse é só mais um dos casos que nós vemos todo dia Até onde vai chegar a LGBTfobia? (Até aonde vai chegar) E aquele caso de Maria Que era João só de dia O que você tem com isso? Toma conta da sua vida Não venha justificar Que foi por sua profissão Ninguém merece ser morto por sua própria decisão Se não gosta, só respeita Segue a vida, não inventa Se preocupe com político que rouba até merenda Gosta tanto de julgar? Veja também sua profissão Se diz pastor, ser todo puro e da igreja roubou um milhão E o pastor que foi julgar o travesti que tinha filho Por ironia do destino ele abusava de meninos Ela é mulher trabalhadeira Seu anjo é Maria da penha Ela luta ela cuida, não se deixa abalar Ela é mulher trabalhadeira Seu anjo é Maria da penha Ela luta ela cuida, não se deixa abalar