Toda noite abre a janela, E vê aquilo que o assombra, nesse mesmo lugar, mas eu sei, Nunca deixa de cantar... Carros passam, o som dilata O coração do apaixonado homem em sua sala de estar, Quando para pra pensar no que perdeu...(lembrar do que esqueceu) [Refrão] Mas ele sabe que a luz que brilha na verdade, não é capaz de esconder os erros e disfarces Dos mortais, que andam nas vielas e bares, enquanto a noite não é mais que o encontro entre Os sonhos e saudades de uma vida que aos poucos se vai, como areia se desfaz nas mãos do tempo, deixando pra trás o sorriso que outrora iluminou as luzes da cidade. Do telhado ele observa o céu fugindo do horizonte, E o sol perdendo o lugar pra arranha-céus, torres de papel, que prometem desabar... As cores lhe fascinam, verde, branco, roxo, pintam de escarlate o azul do mar, que não vê a muito tempo, mas vive a lembrar. [Refrão]