Fagner

Lábios Que Beijei

Fagner


Lábios que beijei
Mãos que eu afaguei
Numa noite de luar assim

O mar na solidão bramia
E o vento a soluçar pedia
Que fosses sincera para mim

Nada tu ouviste
E logo partiste
Para os braços de outro amor

Eu fiquei chorando
Minha mágoa cantando
Sou a estátua perenal da dor

Passo os dias soluçando com meu pinho
Carpindo a minha dor, sozinho
Sem esperanças de vê-la jamais

Deus, tem compaixão deste infeliz
Por que sofrer assim?
Compadecei-vos dos meus ais

Tua imagem permanece imaculada
Em minha retina cansada
De chorar por teu amor

Lábios que beijei
Mãos que eu afaguei
Volta, dá lenitivo à minha dor