Face da Morte

Eu Sou Lavrador

Face da Morte


Eu sou lavrador
Puxador de enxada
Sempre fui lavrador
Aonde os nossos antepassados
Adquiriram suas terras
Ali nasceram, cresceram, casaram,
Adquiriram filhos,
Em cima daquela terra.

Eu acho muito difícil,
Uma coisa que machuca muito
A mim, pessoal,
É quando me lembro
Das antiga terra
Que o papai possuía
Me dá uma saudade imensa
De voltar naquele pedacinho de chão
Aonde eu fui nascido e onde fui criado,
O homem sem terra, sem nada,
Não tem pátria,
Não tem aonde morar,
Ele perdeu a sua identidade
E a sua dignidade
Até em ser um bom agricultor,
Ele não tem nada!