Sexta-feira à tarde e eu sem nada pra fazer Juntei umas moedas e fui beber A conta ficou grande e eu tive que correr E o dono do bar disse que eu ia morrer Cheguei em casa cedo e minha mulher tava acordada Fucei na sua bolsa, mas ela anda armada Peguei alguns trocados, a doida viu e ficou brava Saí de casa debaixo de bala A maldita manguaça Eu não largo por nada Mesmo sabendo que um dia ela vai me matar Mesmo com tudo o que eu tinha Não ia dar pra minha conta eu pagar Não ia dar pra minha conta eu pagar... Eu estava jurado de morte E rezar não ia adiantar E rezar não ia adiantar... Então lembrei-me do meu avô E que um dente de ouro ele tinha Se dinheiro ele não me deixou Essa herança ainda ia ser minha... (minha... minha...) A maldita manguaça Eu não largo por nada Mesmo sabendo que um dia ela vai me matar Cheguei no cemitério e não sabia onde cavar A tumba dele eu não pude achar Com a cachaça na cabeça eu mal conseguia andar Tropecei e fui rolando sem parar Quando eu levantei, eu desisti de procurar Era ali mesmo que eu ia cavar Mal enfiei a pá e algo começou a jorrar Era petróleo, ouro negro, e rico eu ia ficar Era petróleo, ouro negro, e rico eu ia ficar... A maldita manguaça Que eu não largo por nada Quem diria que um dia ela iria me ajudar