Andeja a tropa na sua ânsia de chegar E eu tranqueando com esta cantiga andarilha Que se fez hino na hora de encilhar E vai comigo até se findar a trilha Quantos lamentos se despertam na alma de um tropeiro Nesses lindo pastoreios e nas canções de reculutar Refletidos da invernada e desta sina de andar Num era boi, era boi, era boi, anda a boiada Ao trote manso serpenteando pela estrada Mugindo no contra tempo desta tropeira canção Pois era boi, era boi, era boi Pra tropa é mais que um refrão Em cada cerro, em cada tropa, em cada lua Em cada curva da estrada nasce um refrão Que muitas vezes me mostra a verdade crua Que é viver nessas lonjuras sem ter um próprio galpão Mas nesta sina de tropeiro, compondo versos ao relento Sigo nesse tranco lento, não tenho pressa de chegar E quando a tropa ficar encerrada é hora de recomeçar