Puxo o pingo pro galpão no arrebol de mais um dia Sento na volta do fogo junto à peonada Peço um mate parceiro cevado com alegria E dentro do meu peito a calmaria faz morada Um sol no ocaso passa pelas frestas do galpão Nos campos já repousa a serenidade E neste mate que passa de mão em mão Vou remoendo anseios neste fim de tarde No lombo do baio me arrancho na lida Deixando ao relento tantas desilusões Na roda de mate, na tarde que finda Reencontro a paz que há nos galpões Que cosa buena parceiro um mate bem cevado Na calmaria que ronda as tardes do rincão Contando causos de campo, histórias de um tempo antigo E desquinando saudades ao pé do fogo de chão Um violão faz costado pra um chamamé Uma cordeona ressona pela noite fria O mate segue sua volta no jeito tradicional E entoando cantigas se encerra mais um dia