Faz alguns dias, minha prenda Venho cismando solito Na escassez do ranchito Proseando com as lonjuras Tentando entender as voltas As cosas que a vida apronta Cercado num faz-de-conta Que a própria vida emoldura Faz tempo, perdi as contas Que a saudade ronda o rancho Foi chegando de carancho Num desses dias compridos Me cevou um mate novo E me apontou as distâncias Onde pairam as lembranças E meus lamentos sentidos Enquanto os olhos não te vêem Eu sigo com esta saudade Que me acompanha, é verdade Mateando comigo há dias Enquanto os olhos não te vêem Me resta juntar as rimas E entre bordões e primas Cantar minhas nostalgias Nessas horas não há nada Que sofrene meu anseio E mesmo assim troteio Co’este sentimento paveno Mas quando o sol apontar Embrazinando o horizonte Mato a saudade de três ontonte Do teu lindo jeito moreno