Já montei em potro xucro, num pelado de rodeio De quebrar duas esporas e atorar as pernas do freio É coisa que eu acho lindo, um crinudo vindo aos berros Se batendo no meu mango e se cortando no meus ferros Não escolho pelo ou marca nem o lado pra chegar Ventana que corcoveia, aprende a me carregar Crinudo que se rebolca, eu faço ajoelhar na grama Se o diabo vem de a cavalo sou eu quem vai levar fama Rio Grande Rio Grande é um gaúcho que te diz Me deixa eu ir de a cavalo porque assim eu vou feliz Enquanto existir maleva que arraste os cascos no chão Também vai se ver gaúcho de rédeas firmes na mão Eu nasci pra ser ginete por favor não leve a mal Pois o meu rancho é um arreio lá no lombo dum bagual E quando eu não puder mais sujeitar potro no laço Eu quero encarar a morte, e sair com ela de braço Não tenho jeito pra santo, mas se eu for pro beleléu A eguada de São Pedro, eu vou ginetear lá no céu