Alma barroca e milonga Ai nestas sete cidades De nove ruas exatas Com nomes de santidades No espelho da torre ao alto Facho de fogo em sinal Padres de capuz marrom Pregam o bem sobre o mal As voltas tortas dos túneis Estradas no fundo do chão Interligam estes povos Sintonizando a missão Dez léguas não a separam Nem lhe apagarão a história As rodas de chimarrão Reviverão suas memórias E ainda de quando em quando Ressurge algum bugre alado Qua faz arrepiar o pelo Duende assombrando um guardado Qua viva a terra vermelha O verde das praças, os ervais E o espesso bronze dos sinos Ecoando nas catedrais Que este reflexo no espelho Todos possam decifrar E entendam que esta mensagem Jamais irá se apagar