Lá se foi, o homem do campo Pela vida, na sua batalha Pedindo acolhida de Deus Quando a sorte ainda lhe falha Pra trás deixou saudades, verdades Que vivem consigo Parceiros, pertences, paixões, recuerdos De um pago antigo Levou a cabresto esta sina menina De um mundo soldado O campo os olhos molhados Por desencanto A estrada da insegurança Quando a ânsia se tornarem real E a angústia do domador Que já não doma o bagual Saudades deixou no passado Perdido nas suas visagens Que vivem por entre as margens Do rio grande dos olhos meus Que seguem indagando a Deus O porquê da sua partida Será que perdeu seu rumo Ou sonhou demais nessa vida Agora, carrega as penas, não são pequenas E nunca esquecidas, a guitarra parceira serena De um pago, que se fez vida Que ficou por ele esperando, sofrendo A triste vermelha Procura agora a metade saudade Verdade que já é caseira Embretado por entre concretos Por certo, moldará ao seu jeito Mas não perderá do seu peito Seus claros conceitos Perderá assim o cheiro do campo Lamento com a vida de agora Mas sempre terá seus sonhos tamanhos A esperança de uma melhora Lá se foi o homem do campo...