Poncho negro sobre os ombros, chapeu de aba caida No breu da tarde comprida, tropa o tranco da canhada A chuva guasqueando firme, desfrauda a franja do mouro e o vento fareja couro no lombo liso da estrada Baio encerado escarciano a poderado de milho num toso de cogotilho, quatro galhos no sabugo uma tordilha cabana que veio lá da fronteira, e um cusco baio coleira pra o caso de algum refugo e um cusco baio coleira... pra o caso de algum refugo terneiradas embuadas, desmamada ainda ontem segue os gritos de repontes, pontiando tonta no passo se vai a tarde a la cria, e a noite vem na bolada na porteira da invernada a tropa indireita o rastro na porteira da invernada... a tropa indireita o rastro Contra as patas dos cavalos, uma lebre erra o bote no cogote da coxilha um raio leva o bolcado e um pingo que é uma balança se renega e escarceia para a coruja que floreia numa trama do alambrado Sao nessas rondas sem lua que o tropeiro perde o sono, nos pedidos de retorno pelos berros dos terneiros repassando enfurquilhado, em cada mel da barbela alegrias e mazelas que tropeou pelos janeiros alegrias e mazelas... que tropeou pelos janeiros com uma noite por sinuelo, e o rio grande na moldura o pastiçal faz figura, bailando varzedo a fora enquanto o dia nao chega, a sinueta da palmeira lembrando a cruz missioneira, velando o tranquear das horas lembra uma cruz missioneira...velando o tranquear das horas ..velando o tranquear das horas ..a tropa indireita o rastro ..velando o tranquear das horas ..a tropa indireita o rastro