F1D31

Desconectado

F1D31


Mãos ainda cerradas na terra
Estado mental fragmentado
Exclusão de pensamentos
Apagando o pouco que resta

A voz que estava me incomodando
Sempre perto de mim
Chamando-me para o vazio
Já não se ouve mais

Uma desolação da consistência
Sentimentos se distanciam
Elimine a resposta
E nada será lembrado

Ouço dizer sobre um lugar melhor
Minha sanidade se esvai
Meus pensamentos se desgastam
Desencadeando o que não deveria

Bem perto de estar próximo da liberdade
Me aproximando da luz prometida
Infelizmente era uma prisão adornada com esplendor
Não restou mais nada

Uma manifestação da indiferença
Promessas foram desfeitas
Caminhando por ruas sem luz
Perdendo o que sobrou da razão

Sob o governo do tempo
O mesmo sempre iludiu
Não há respostas
Nunca houve perguntas

A cosmovisão sob o olhar de uma vida
Um cotidiano de uma alma
Uma estagnação da existência
Tudo acabará antes que perceba

Permanecendo-se nas sombras
É assim que tudo termina

Esperando pelo último vislumbre
Uma memória ainda queimada pelo remorso
No aguardo por algumas palavras
A loucura se desencadeia

Ruas doentes
A ilusão da paz
Um problema sem solução
Apenas uma solução temporária

Derrubado no chão
A paz interior decai lentamente
Meus desejos se dissiparam
Há uma distorção da realidade

Não se ouve nem o vento soprando
Não há nenhum movimento à minha vista
A paisagem está paralisada
Foi a ilusão de um existente progresso

O suspiro da existência
Navegando por falsas memórias
As distâncias ainda são difíceis de distinguir
Nunca houve uma solução

Atraído pela presença do vento
Minhas memórias vão embora
A luz cruzando o céu me deslumbra
O caminho para a loucura finalmente se abre

Uma vida completa para esquecer ao longo do tempo
O nada é desenhado ao meu redor
Um caminho vem se repetindo todos os dias
Mas eu sei a verdade

Em corredores vazios
Tudo vai ficando cada vez mais frio
O silêncio prevalece
Continuo a procurar no escuro

Agarrando sonhos desbotados
A ansiedade preenche minha mente
Talvez esteja perto do meu propósito
No fundo você sempre soube

Como as últimas folhas do outono
O passado está gritando com uma convicção
A caminhada parece tão interminável
Mas é como se tudo fosse terminar nos próximos segundos

Em meio ao silêncio
A realidade vai se corroendo cada vez mais
Eu estava lá há pouco tempo
Agora não há mais nada

Está consumado