Eles vestem trajes finos Ficam todos iguais Estão sempre competindo Pra ver quem pode mais Mas são peruas Rosto esticado pingüins de smokings Asfixiados Eu tenho a honra de apresentar pra vocês Festa bizarra de gente podre de rica nos jornais Festa de gala que eu vi enquanto passava os canais Batendo taças Brindando a nada Tapete persa Forrando a escada E o pianista toca entendiado... Que saco! Figurões de sangue azul E sorriso amarelo São bancados pela cruz Dos que usam chinelo Então nos mostram As almas pobres Enquanto arrotam Seus nomes nobres Eu tenho a honra de desmascarar de uma vez A Festa bizarra... E comem pouco Tão educados E menosprezam Os seus criados Grosseiros como manda a etiqueta... Eles também nasceram pelados Também fedem quando estão suados Suas carcaças vão apodrecer Por tudo isso não consigo entender Por que essa merda passa na minha TV? Festa bizarra... Festa podre de gente bizarra figura nos jornais O show de horrores que vai preencher as colunas sociais No fim da festa Empanturrados Dão o que resta Aos empregados