Eu sou do mato Cria da roça das mãos calejadas Desde pequeno puxando enxada Colhendo café E campeando gado Mas hoje na cidade Percebo a falta que a roça faz O meu fogo de lenha É bujão de gás Não tenho paz pra nada Só vivo atrasado Tenho saudade Daquelas prosas junto dos amigos O bom litros de pinga E um peixe frito Um cigarro de palha espantando os mosquito E um sanfoneiro Rasgando o fole com moda xonada E a gente canta sem ligar pra nada Invade noite a dentro e vaza a madrugada O céu aqui é cinza A noite chega eu mal vejo a Lua Aqui não tem porteira A minha estrada é rua Saudade daquele cheiro de café fervendo Eu vou voltar pra roça Morar com minha preta no meio do mato Plantar feijão e arroz Criar galinha e pato Por que aqui na cidade Eu não tô vivendo