Entardecia, eu caminhava E cada passo era um punhal Cortando a carne quente das pedras Sangrando a erva sob o sol Eu carinhava as conchas Que a onda desprezou E interrogava as águas Se o sal sarava males de amor Era a toada tonta do mar Sedento de paixões e naus Era meu peito aberto em leque Soprando barcos de papel Eu carinhava as conchas Que a onda desprezou E interrogava as águas Se o sal sarava males de amor E tudo que era meu Deixou de ser meu E tudo que era meu Deixou de ser eu