Parece uma saída, mas é só distorção! Refiz as minhas rotas, naufraguei na contra mão Imaginário lugares, dizer adeus pela ultima vez Meu porto seguro, maré revoltada, corpo embreagado na areia (sem razão de ser) Não aceitar, navegar num rumo novo (que me aponte) Quem ficou no cais, nunca mais quiz se afastar Estagnar e virar as costas, assimilar, dissimular Todo bem-estar e agora tanto faz Independência ou... (Escapei) com vida daqui (Não) vi o litoral sumir Só imensidão (Agora) na dança que o oceano me levou (eu vou) Por um momento, um instante, no naufrágio eu percebi Vidas em vão, vidas que vão imergir na clareza instantenea e adormecer nas entranhas do mar Descobrir a saída, seguir o meu plano Um mapa de fuga, ventos ao meu favor Na certeza de ancorar, no próximo cais, e não olhar pra traz! Não aceitar, navegar num rumo novo (que me aponte) Quem ficou no cais, nunca mais quiz se afastar