Estilo Da Crítica

Fim Dos Tempos

Estilo Da Crítica


O Fim! Está mais próximo
Do que nós esperamos
Decadência abundante
Se expandindo a cada ano 
Desemprego corrupção
Miséria gera violência
Destruição é a conclusão
Palavra em evidência

Periferia onde está
Esse povo tão sofrido
Pela fome e pelo ódio
Aos poucos consumido

É só mãe chorando
Por filhos que se vão
Acerto de conta na quebrada
Resultado é caixão

Para essa gente
Sinistro é o futuro
Não passa de um beco
Estreito e escuro

No prato é só vento
Ou sopa de papelão
Bate palma o governo
Pro estado da nação

Nasceu no berço de ouro
Não escuta o meu povo
Vale mais o seu cachorro 
Do que o ser humano

Que vende chocolate
Pede trocado no sinal
Vidro fechado é o que acontece
O desprezo prevalece
Tentando levar assim
Uma vida honesta
Mas nessas condições 
Meter o cano é o que me resta

Ser chamado de elemento
Pra polícia mais um alvo
Ter dela a proteção também
Não garante estar a salvo

Ir pra escola tá ligado 
Todo dia essa aventura
Investir na educação, Não!
Eles preferem viaturas

Imagine algum tempo 
Sua cria já com asa
A maldade tá buscando 
Na porta da sua casa

E o mundo vai girando
Amanhece, anoitece
Estão parados olhando 
O ser vivo que apodrece

Vítima do descaso
No canto do hospital
Falta médico e leito
E maior é o desrespeito

Quando é pobre não tem jeito
Só resta a sua súplica
A esperança é a única
Que não morre na rede pública

Ao acordar e perceber 
O pesadelo é externo
Então vivendo aqui 
Ninguém precisa de inferno 

Dg

Soldado da informação 
Entra em cena altera o clima
Anuncia o fim dos tempos
Que aos poucos se aproxima

Como será que acaba a luta
Entre o bem e o mal
Em confronto com o sistema
Informação é essencial

Motivação e ódio
Vem do caos do dia a dia
Contamina a pessoa 
Que nunca ri á toa

Parque de diversão
O moleque sempre assiste
Viver é pra poucos 
A maioria só existe

Sobrevivente das ruas
Pronto pra correria
Muito trabalho pouco ganho 
Deficiência na alegria

O ser humano se rasteja 
Na fila do desemprego
Quando não vira as costas
É um não como resposta

Pai de família
Está se desesperando
Três filhos pra criar
E o feijão se acabando

Levantar todo dia
Na calada é a rotina
Vacilo no horário 
É condenado a guilhotina
Trabalhar de sol a sol
É seu itinerário
Diversão palavra extinta
Do seu vocabulário

Não se assuste se acordar
Com água no pé da cama
A enchente de ontem
Transformou seu lar em lama

É esgoto a céu aberto 
Doenças como um enxame
A ratazana da favela
Engole o cachorro da madame

Criança desnutrida
Sem qualidade de vida
Situação precária
Educação subtraída

Então some com revolta
Miséria e abandono
O resultado obtido
É que vem tirar seu sono

Vivendo o mesmo desespero
Se auto-destruindo
Então resta a você
Dar a sua vida outro sentido

Cada um cada um
Fazendo a sua parte
Paz para os irmãos
É que gera união

Então faça uma oração 
Sem desanimar
Procure a palavra 
Enquanto de pode achar