De Nova York, via Haiti A Peste Gay chegou aqui E nunca mais ninguém sentou Na mesa de um famoso ator Na São João, no Morumbi Já não se vê um travesti Ele dizia "Eu tô marcado Meu coração eu tenho dado" Uma boate ou um motel Pode esconder o mal cruel Que vai matar até de tédio Enquanto não tiver remédio Ligo a tevê, leio o jornal A paranóia, medo geral Eu me tranquei lá no banheiro O meu vizinho é costureiro Isso parece até vudu É o que fiz o médico E o juiz quer uma lei Para evitar a Peste Gay