Se nada é de graça me diz quanto é Quanto vou pagar pra não ter um tostão Jogado na merda dormindo no chão Mais um brasileiro indo na contra mão Depressa como assalto a mão armada ao luar Parabéns você foi a centésima vítima Perdeu a carteira perdeu o cordão Depois deduza isso no seu imposto de renda Pouco importa se a grana que eu declaro é ilegal E todo high society vai brincar o carnaval Será o estado será o cidadão Que está contribuindo Pra essa esculhambação Quando vejo uma criança mendigando no sinal Sinto que não posso fazer nada “Hoje é domingo pede cachimbo Cachimbo é de barro bate no jarro O jarro é de ouro bate no touro O touro é valente bate na gente A gente é fraco cai no buraco O buraco é fundo” Acabou-se o mundo Acabou-se o mundo Acabou-se o mundo O mundo acabou Acabou-se o mundo Acabou, acabou, acabou, acabou