Cabelos soltos Balançando com o vento Livre como um pensamento E cavalgando um alazão Cabelos negros branqueados pelo tempo Hoje o passo á bem mais lento Mas tem pés firmes no chão O corpo e a alma se encontram na estrada Clareando a madrugada E acendendo o coração O velho índio quando fuma seu cachimbo Sob o céu ele é um menino Contemplando a criação E o índio ouve o gemido do coiote Quando a lua é um archote Iluminando a escuridão Coruja pia e toda a mata se arrepia Quando a sua estrela-guia lhe aponta a direção O dia e a noite vão norteando o caminho Ora é beijo, ora é espinho E prá crescer precisa andar E a alma do índio se enche toda de beleza Quando a música é acesa Na fogueira do luar