É pilão Braço, boca, pé Pelo braço, a mão Sobre e desce até Quando o era grão Já quebrou, não é É pilão Com a boca aberta Recebendo o grão Quando a fome aperta A quem falta o pão Vale a pouca oferta A quem falta o pão Vale a pouca oferta Muito pouca é pena Mas melhor que nada Nem pilão serena Fome continuada Para quem já pena Mesa despovoada Para quem já pena Mesa despovoada É pilão Braço, boca, pé Pelo braço, a mão Sobre e desce até Quando o era grão Já quebrou, não é É um momento breve de levitação Quem maneja deve perceber que a mão Quando sobe, é leve Quando desce, não Quando sobe, é leve Quando desce, não Mas a mão levanta porque não se cansa A certeza é tanta quando a mão não alcança Que o pilão se encanta, todo de esperança Qualquer chão é chão pra quem nada tem Qualquer pão é pão quando a fome vem Quem levanta a mão sabe contra quem Quem levanta a mão sabe contra quem É pilão Com a boca aberta Recebendo o grão Quando a fome aperta A quem falta o pão Vale a pouca oferta A quem falta o pão Vale a pouca oferta A quem falta o pão, pilão Vale a pouca oferta A quem falta o pão Vale a pouca oferta A quem falta o pão, pilão