Chove, chuva bem fina no meu sertão Só pra nascer a semente que a gente plantou no chão Só molhar a terra e as nossas plantações Só matar a fome dos nossos irmãos, todas as nuvens Que passam eles ficam olhando o vento Leva pro oceano atravessa o espaço de lado a lado E os pobres coitados só ficam esperando fazendo Promessas pra chover na terra e as nuvens brancas na serras de inverno a verão Quando o sol nasce ao romper da aurora, as plantas Choram do orvalho da noite perdendo todas as flores da nossa esperança de salvar as crianças do nosso sertão mas ainda resta alguma Semente que ela deixou pra gente de recordação Tem que agradecer tudo que ele nos faz, já to vendo o sinal de chover no chão