Na calada, só, demônios na mente Visando um mundo melhor eu tento fazer O corre certo ou mais próximo possível Para que por tiros os meus deixem de morrer Meu canto é Congo do Morro, é amor, é esporro É resistência, atual, é essência E por isso nunca, nunca, nunca, nunca será Covarde aos fatos, meu rap é o aço Alienados não entendem não a dimensão Fazem de um distante referência, não a irmã ou o irmão Que tá ali do lado e é bem melhor Que os nutella, na tela fazendo merda, ó Sou louco sim, não sou certin Pros falador eu sou o cala a boca no camin' Deus de MC não me fez pra viciar Toda uma geração com esses blá de tey Lixo sonoro, por todo ou pódio Se for pra chegar, que seja com todo esse ódio Que a sociedade deu para eu crescer Entre as portas fechadas e os muros que não puderam me vencer Me articulei a margem da lei Tirando forças de onde ainda nem sei Pra poder fazer com que uma pá não passe Tudo o que eu passei pra que em algum lugar chegasse Eles gritam: Money, eu grito: Honrem Cada mulher e cada homem Que lutaram para que o povo enfim tivesse Condições de ter e ser o que os ricos não querem Ouvir dizer que os tempos mudaram Que os papo consciente é chato Sobre as mudanças, falaram O povo preto, pobre continua sendo exterminado O Boy só sobe o morro para financiar o crime Que papai comete pra manter a vida chique Manda droga pra nós, manda arma pra nós Não escola pra nós, oportunidade pra nós Sou das ruas de barro, barril dobrado Já era bom na base, evitando as pastas base Passei de fase sem hipocrisia Morro a cada noite, renasço a cada dia Para fazer denúncia e as vezes renúncia Mesmo que no rolê não role respeito a pronúncia Eu vou continuar como o moleque doido Que não precisa de retorno financeiro para se preocupar com os outros Uuh, favelado legítimo Formado no TG, mas nascido no Zizo Sou do tempo em que o Rap era música de bandido E por isso é isso, foda-se o modismo!