As luizes da cidade nos meus zoios vem briá Eu fico feito loco sem saber onde oiá Pois vim do interior iluminando pela lua A estrada cheia de pedra e pueira é nossa rua Meu despertador é um galinho garnisé Acordo todo dia do ladinho da muié Eu sou o tar Andanu e observando la na frente os edifíci Só ferro cum cimento, ocupano a superfici Lembrei que la em casa tem uns pé de jatubá Tamem uns ocalipi que da gosto de oiá Eu sei que la em cima os passarim pode aninhá Mas sei que nas artura num é lugar pra nois morá Eu sou o tar Aqui tem umas dança diferente pra mexê Num é forró, pagode nem num cateretê Os homi com as muié fica dois metros de distância As veiz é muntuado ou isprimido e só balança Pulanu igual macaco e rastanu os pé no chão No meio da fuzaca todo mundo acha bão Eu sou o tar Tamem tem um cercado onde tem animação Tem moça de carcinha e rapaz de carção Pulano nuns buraco que tem nome de piscina Ate que é divertido vê as pôpa das minina La em casa nois só pula bem no meio da represa Num rego ou no corgo que trem bão mais que beleza Eu sou o tar Agora que eu vim aqui to pricuranu meu amor Que saiu la de casa iludida cum dotor Mais nois tem muito ramo, sabugueiro e hortelã Pra que gasta dinheiro, nois vai embora de manhã Ô.... ô... Ana! Só vim qui na cidade ti buscar Ô.... ô... Ana! Só quero te encontra pra nois vorta!