Abre a janela vem ver ôô Poesia brotar no quintal O carnaval florescer Menino Bernardo em meu ser Reinvento o meu Pantanal O som do apito a tocar anuncia a cor Um canto verde do índio enfeitiçou Guardando o segredo das águas Regando o mar de Xarayés O eldorado reina aos meus pés A som que salta do brejo Empresto a viola A paz do meu lugar aflora É feito um império em procissão Enfeito meu coração morada do meu viver Tem casa que anda por esse chão Bandarra é meu coração que voa no entardecer Menino do mato O nosso verde faz o céu emocionar E o branco então floriu meu chão Atento, um feroz olhar Luar que me traz a lembrança Nossa senhora é fé, esperança De um pantaneiro a lutar Reizinho de tantas vitórias Cantando eu declamo esse amor por você Eu sou Império Abra o meu livro pois tu sabes ler A minha história já fala por mim Sou resistência, orgulho sem fim Tem poesia no ar Você já sabe quem sou Pelo toque do agogô