A cobra caninana tá armando um bote Vai no piche da noite se enroscar Se atocaia maloqueira, tal qual coiote Pois ela é matreira, quer me pegar Se ouve gemeção num matagal distante Se ouve gemeção num matagal distante Oi, no corpinho da cobra quem vai cutucar Oi, no corpo da cobra quem vai cutucar Oi lê-lê-lê, caninana Oi lê-lê-lê, caninana Mas que cobra é essa? (ela é caninana) Ela tem veneno? (ela é caninana) E os seu bote é certo (ela é caninana) Eu tô aqui calada no meu canto, quieta Eu tô aqui calada no meu canto, quieta Essa cobra caninana quer me saca Quer me saca Me sacaninana Quem me cuspir na cara vai ter troco certo Quem me cuspir na cara vai ter troco certo Essa cobra cainana quer me provocar Quer me provocar, quer me provocar Lê-lê-lê, caninana Lê-lê-lê, caninana Lê-lê-lê, caninana Lê-lê-lê, caninana Eu tô aqui calada no meu canto, quieta Eu tô aqui calada no meu canto, quieta Essa cobra cainana quer me sacar Quer me sacar Me sacaninana Quem me cuspir na cara vai ter troco certo Quem me cuspir na cara vai ter troco certo Essa cobra caninana quer me provocar Quer me provocar, quer me provocar Lê-lê-lê, caninana (lê-lê-lê, caninana)