Preciso arrumar Preciso escovar Preciso limpar Quem não faz isso Não pode casar E solteirona Não quero ficar E solteirona Não quero ficar Com esta voz, tão cristalina Assim cantava serafina Uma barata esbelta de cintura fina Que dia e noite trabalhava Limpando, varrendo a casa onde morrava Um belo dia em certo canto Uma moeda de dez centavos Serafina encontrou E feliz, muito feliz pensou Xiii, meu dia chegou Meu destino melhorou Encontrei um tesouro Estou cheia de ouro De alegria delirando Serafina falou, gritou E a notícia por toda parte Foi correndo, foi voando Serafina teve o nome nos jornais Virou capa de revista Foi filmada, fotografada E na TV deu entrevista E foi aí, que falou com jeito de uma artista Não vou mais escovar, não vou mais arrumar Não vou mais limpar, prentendo casar Estou a procura de noivo E quero um tipo elegante Formoso, elegante, talentoso Que saiba conversar, que saiba dançar Muitos e muitos candidatos Serafina encontrou Mas a todos recusou Até que a noticia chegou Aos ouvidos de peixoto Um famoso gafanhoto Que só pensava em comer Só pensava em dormir E no mesmo instante Peixoto muito galante Começou a refletir Uma barata que tem dez centavos É uma barata que tem rádio, TV E quem sabe talvez até uma geladeira É um negócio da China Casar com esta serafina Casar com tão rica herdeira Formoso, muito perfeito Peixoto apresentou-se E, claro que foi aceito Combinou-se o casamento E um grande banquente foi programado Porque somente em banquete Falava o peixoto, gafanhoto esfoemado Que nãoi falte o feijão Sem feijão, não caso não No dia do casamento Peixoto não tirava O feijão do pensamento Quando a cerimônia chegou ao fim E os convidsados seguiram Para a caa dos noivos Peixoto voou na frente Alegre, contente cantado assim Vou na frente Vou esquentar o feijão minha gente Vão com calma, einh Não tenham pressa Quem core cansa E comer cansado é sem graça Não ineressa Correndo, batendo asa Peixoto o gafanhoto Logo chegou em casa E em casa pendurado na panela Com a cara esquisita Com a cara amarela Começou a comer o feijão Quanto mais comia Mais na panela se pendurava E terminou mergulhando Quando menos esperava Na panela que era quase um caldeirão Peixoto foi encontrado Por seus serafina e seus convidados Que ficaram aborrecidos, zangados Porque ninguém pôde come O que restava do feijão Serafina ficou triste Mas logo voltou a escovar, arrumar E hoje alegre canta uma outra canção Volto a varrer, volto a escovar Um marido tão guloso Não servia pra casar Morou?