Se o senhor não tá lembrado, dá licença de contar Aqui onde agora está este edifício arto Era uma casa véia, um palacete assobradado Foi aqui seu moço, que eu, Mato Grosso e o Joca Construímo nossa maloca Mais um dia, nós nem pode se alembrá Veio os home com as ferramenta e o dono mando derrubá Peguemos todas nossas coisas e fomo pro meio da rua Apreciá a demolição Que tristeza que nós sentia, cada táuba que caía Doía no coração Mato Grosso quis gritar, mas por cima eu falei Os home tá co'a razão, nós arranja outro lugar Só se conformemo quando o Joca falou Deus dá o frio conforme o cobertor E hoje nós pega as paia nas gramas de um jardim E pra esquecer nós cantemos assim: Saudosa maloca, maloca querida Dim dim donde nós passemos Dias feliz da nossa vida Joga as cascas prá lá Joga as cascas prá lá Joga as cascas prá lá, meu bem! Não posso ficar nem mais um minuto com você Sinto muito amor, mas não pode ser Moro em Jaçanã Se eu perder esse trem Que sai agora às onze horas Só amanhã de manhã E além disso mulher, Tem outra coisa Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar Sou filho único, E tenho minha casa pra olhar Eu não posso ficar... Quais, quais, quais, Quais, quais, quais Faz carigundum, faz caringundum, faz caringundum.