Entra janeiro No meu calendário Com as mesmas máscaras De fevereiro Sinto que março vai passar ligeiro Que a morte espera Em cada aniversário Maio eu não sei Mas é em geral contrário Junho é o mês mais triste Do ano inteiro Que ainda leva julho ao desespero E faz agosto todo funerário Setembro sempre Me encontrou solteiro Depois outubro amor involuntário E o tédio triste De um novembro ordeiro Mas vem dezembro E eu fecho o meu diário E quando eu penso Que acabou o roteiro Entra janeiro no meu calendário Com as mesmas máscaras De fevereiro