Perdido no mar aberto Isolado na ilha desilusão De coisas que já não sei ao certo Se meu destino é a solidão Resultados do meu naufrágio Ao abandonar o barco moderação Junto-me agora ao presságio De se perder numa ilusão O que me cerca é o que te transborda Tudo o que vivi, hoje não sei mais Seus vultos estão todos a volta Tua maré balançou meu cais Meu âmago grita: SOS Mas nenhum santo parece ouvir Então paro minha prece Nenhum vento é bom quando não se sabe aonde ir Sem mar, sem cais, sem luz Sem canoa, manche ou vela Sem areia, pedra ou cruz Sem tu, sem mim, sem ela A verdade é a ilusão Que desperta a minha ira E se eu disser que estou bem Isso aí já é mentira Tô cansado de tentar deixar de viver em falhas Como o ditado diz Nadar e morrer na praia