Algo me incita a viver este sofrimento, Depois me faz voltar todo momento E assim me empurra pra correr atrás Desse amor que me rasga e atormenta, Que me trai, me humilha e me rebenta, Mas que sempre me obriga a querer mais. Vida que vem decisiva e mal ouvida E lentamente me abre esta ferida Que meu peito só insiste em poetar, E poetando te atirei versos avulsos Logo depois eu quis cortar os pulsos Só pra você ver o meu sangue e deleitar. (refrão) Não vou mais velar o sono Dessa menina volúvel, Vou sair desse abandono, Fugir desse caso insolúvel. E não vou mais tentar, Não vou mais pensar Em suicídio pra te esquecer. Não vou mais tentar, Não vou praticar Um homicídio pra me livrar de você. Na distância eu percebo o teu olhar, Me atrevo a ser mais forte e não fitar, Nem reduzir meu sonho ao pó da tua miséria. Mas no delíquio do meu grito em desalento Pronuncio o teu nome aos quatro ventos Até mesmo no pulsar das minhas artérias.