Duas luzes azuladas teu olhar cheio de estrelas Num horizonte sem fim Meu destino de a cavalo anda na boca da noite chamando por mim Cruz credo espirito santo um amor baixou em mim Me corta a ferro de esporas, virado a tirintimtim Ai, ai amor solidão é couro de guacha batendo em mim Eu colho flor de quebranto pelas patas do cavalo Olho grosso eu desencanto com meus colotes de galo Ai, ai amor, amor é cachaça boa, pra se beber no gargalo Oigalê solidão braba se arrasta largando brasa Nas patas do meu sebruno tu não me conhece peste Sou cria de são corcóveo e o diabo foi meu aluno Sorte flor sorte flor Meu trevo de quatro folhas, é o teu amor Xá pra lá alma penada eu não vou me santiguá Eu descruzo a encruzilhada meu chamego é um saravá Ai, ai amor tenho a luz de um novo amor pra me guiar Azarico da miúda ai um raio ao deus dará Benzo com canha e arruda amor e fogo oxalá Ai, ai amor este teu beijo marcado é teu patuá