Reza, Que a manhã e a natureza Encantada com a beleza Desse sol, teu despertar Rola, Essa bola sopra o vento Da fumaça do teu peito E embaça o meu olhar Rasga, Nosso amor feito criança Que escrever nas horas mortas Da mesa de um botequim Sente, Que apesar de todas as coisas Eu continuo batendo na mesa Um samba que falasse Olha Cá essas mãos de colher madrugadas Prá esse olhar, pois tem outras moradas Vazias e sem passado Deixa, Que eu te diga no presente O samba que eu escrevi só pra gente Batendo na mesa desta bar Pensa, Nas minhas mãos acenando as estradas E no caminho da vida cansada Marcada de desencontros Tantos, Que eu nem contar nos dedos Os mesmos que escreveram este samba Na nesa de um botequim