Foi culpa do meu santo Eu ter saído assim Com um pé na sarjeta E outro no botequim Entre o sapato e o chinelo Prefiro andar é descalço Nunca dei um passo certo Mas também não piso em falso São Jorge meu protetor Sabe bem do que falo A minha sorte eu arrisco Nas patas do seu cavalo Não só arrisco: petisco Vou comendo pelas beiras Sonso, doido e arisco Caminho sobre fogueiras Foi meu santo protetor Quem me coroou vagabundo Quando estou no meu pedaço Me sinto dono do mundo