Batido pelos desenganos No final dos anos volto pra ti ver De capa e espada herói capitulado Faltoso confesso erros e pecados Que a cerviz de ferro louco dos cometi Na mocidade o perpassar dos dias A mim foi leve e sem agravar ninguém Pautei minha vida em segmentos breves Na aura perdida da distante infância Que mais nada deve além da vida E a salvação da alma a Deus E nada a ninguém mais Perdido andei na noite longa Com porcos pastei bem distante do lar Mil febres me queimaram o peito Te via em sonho a delirar Chegavas como o abrir das flores Silenciosa no jardim Do oitão daquela casa antiga Minh'alma oh amiga Há não canta mais! São longos dias e bem grande é o tempo Oh como lamento o estiolado em vão Fui perdulário em gastar dissoluto Horas e minutos que no Eclesiastes Em derradeiro canto estrofou Salomão Mas apesar de erros cometidos Em retidão a vida porfiei Vendi meus dias em instâncias medonhas Meu tempo querido numa terra estranha Pra desconhecidos de malévola sanha Que mal davam o pão do suor que lhes dei Rendido antes as vicissitudes Na velhice choro a infância tão feliz Não juntei prata nem ouro Amar ninguém nunca me quis Minhas trovas pequeno tesouro Legado deixo aos filhos meus E a mim resta a Esperança ainda Minha Noiva já és benvinda Ó Morte eu vou pra Deus