Não posso mais demorar no meu estado Sou obrigado a desprezar o meu torrão Não vem inverno, está me dando uma fadiga Esta seca me obriga a deixar o meu sertão. Adeus morena, que amanhã irei embora, Chegou a hora, para o sul vou viajar Você que não fica, faça prece ao pai eterno Se no norte houver inverno eu ainda hei de voltar. Ví o meu gado se acabar de fome e sede Nem rama verde não existe no sertão Eu vou embora, mas do norte tenho pena O retrato da morena eu levarei no coração.