Eliwan Sá

Doce Azedo

Eliwan Sá


Tanta estrela
No escuro a brilhar
Tanto brilho, com brilho não se encontra
O oposto deve existir
Para que o outro possa sair

Tanta raiva
Busca acabar
Todo o mal que a terra pode criar
Azedo é o que quer que seja
Contraste ao doce sabor, cereja

Além do azul
Há escuridão
Que o brilho nas pétalas
Quebrou pra encantar, de amor
Paixão

Sossegou no mato
Na cama tinha um retrato
De uma antiga amizade
O amor virou maldade
O brilho se apagou

A escuridão tomou sua mente
E com um golpe de repente
Voltou a razão
O brilho nas cinzas quase apagado
Ainda segura na mão um machado
Acabou a canção

O dia é noite, noite é dia
O dia é noite, noite é dia
Paranauê
Paranauê iá
Paranauê
Paranauê iá iá