Tanta gente enriquece Com a desgraça alheia Onde tiver dois malandros Os dois trabalham à meia Conheço gente que explora Que embrulha e que dá peia Eu conheço gente boa Que virou gente à toa Vigarista de mão cheia É dando que se recebe É um ditado que não falha Quem não tiver o que dar Tem que viver de migalha Nunca vi homem do campo Receber uma medalha Nessa nossa terra amada Tem valor quem não faz nada Só se ferra quem trabalha Tem gente metido à grande Mas no fundo é um canalha No primeiro atoleiro Ele patina e encalha Na hora do bate duro Ele foge da batalha Tem que desistir do jogo Não pode entrar no fogo Porque tem rabo de palha Vou dizer outra verdade No final desse pagode Todo negócio mal feito Algum dia se descobre Não dou chance pra malandro Comigo ele não bole Quanta gente desonesta Já tentaram fazer festa Na sombra do meu bigode