Meu amigo da cidade grande Eu lhe digo com sinceridade Lhe convido pra vir conhecer No sertão uma felicidade Venha ver o romper da aurora E o Sol vermelhando a tarde A beleza do campo florido E o prazer na vida em ter liberdade Venha ver o passar de boiada E poeira levantar do chão Um carro de boi carregado Na descida rangendo o cocão O nascer de uma Lua cheia Que beleza sem comparação Comprovar a beleza e o encanto Deste meu recanto que chama sertão Vai ouvir quando cai a tardinha Na paiada pia o chororó E distante nas matas sombrias O triste cantar do jaó As rolinhas andando de bando Na areia fazem caracol Risca a espora, bate a asa e canta O rei do terreiro em cima do paiol É o convite de um simples caboclo Vem conhecer minha moradia O meu mundo, meu reino encantado De paz, amor e alegria Eu duvido que este cenário Meu amigo, você conhecia Desfrutar da fartura e riqueza Que a mãe natureza nos dá todo dia